Recursos para ensinar filosofia
Questões de filosofia ENEM 2015 2° aplicação
Faça login ou crie uma conta para exportar questões
A melhor banda de todos os tempos da última semana
O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos
Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então. MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento). TEXTO II
O fetichismo na música e a regressão da audição
Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia perguntar: para quem a música de entretenimento serve ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece que tal música contribui ainda mais para o emudecimento dos homens, para a morte da linguagem como expressão, para a incapacidade de comunicação. ADORNO, T. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
A aproximação entre a letra da canção e a crítica de Adorno indica o(a)
-
influência da música americana na cultura brasileira.Incorreto. Apesar de o texto I mencionar o "melhor disco brasileiro de música americana", essa referência parece mais ligada à ironia sobre a busca incessante por destaque efêmero do que a uma crítica direta à influência cultural específica. Adorno, por outro lado, não menciona diretamente a influência americana, mas sim um fenômeno mais geral da música de entretenimento.
-
fusão entre elementos da indústria cultural e da cultura popular.Incorreto. A alternativa menciona uma "fusão entre elementos da indústria cultural e da cultura popular", mas os textos são mais críticos sobre o efeito narcótico e restritivo da indústria cultural sobre as pessoas, sugerindo que ela não permite a verdadeira expressão ou comunicação cultural. Não se trata tanto de uma fusão, mas de uma dominação da indústria cultural sobre a cultura popular.
-
lado efêmero e restritivo da indústria cultural.Correto. Tanto na letra da canção quanto no texto de Adorno, há uma crítica ao caráter passageiro e limitado da indústria cultural. A banda mencionada na música é chamada de "a melhor de todos os tempos da última semana", o que implica uma sucessão rápida de "melhores" que logo são substituídos por outros. Isso reflete o aspecto efêmero, pois nada é duradouro. Além disso, Adorno discute como a música de entretenimento deixa as pessoas "emudecidas", sugerindo a restrição da verdadeira expressão e comunicação cultural genuína. Esses pontos se alinham ao caráter efêmero e restritivo mencionado na alternativa.
-
baixa renovação da indústria de entretenimento.Incorreto. Embora ambos os textos façam críticas à indústria cultural, não há uma ênfase na questão da baixa renovação no sentido de repetitividade ou falta de inovação, mas sim na superficialidade e efemeridade do que é produzido. O foco está mais em como a cultura é consumida e assimilada de forma superficial pelos indivíduos, ao invés de na inovação dentro da indústria.
-
declínio da forma musical em prol de outros meios de entretenimento.Incorreto. Embora Adorno comente sobre a "morte da linguagem como expressão" e a "incapacidade de comunicação", os textos em si não apontam para um declínio da música em favor de outros meios de entretenimento. Em vez disso, eles criticam a função da música de entretenimento na forma como ela é produzida e consumida, e seu impacto na capacidade das pessoas de se expressarem e se comunicarem.
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque:
-
por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.Esta é a alternativa correta. Segundo Agostinho, Deus é o Sumo Bem e, sendo assim, não pode criar o mal, que é contrário à sua natureza. O mal, na perspectiva agostiniana, é uma privação do bem, e não algo que Deus teria criado.
-
Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem e o mal.Para Agostinho, Deus não administra a dialética entre o bem e o mal como se ambos tivessem origem igual ou valor equivalente. Agostinho não via o mal como algo que Deus teria que balancear, mas sim como a falta ou a corrupção do bem. Portanto, esta alternativa está incorreta.
-
Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má.Agostinho não diz que a matéria é má, mas que o mal é a privação do bem. Deus não transforma a matéria má, pois, para ele, tudo que Deus cria é bom. Esta alternativa é incorreta porque mal não é um componente essencial da matéria, mas uma ausência ou falha de bem na criação.
-
o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus.Agostinho não concordaria com a ideia de que o mal é um princípio ontológico que independe de Deus. Ele considera que o mal não é uma força ou uma entidade própria - é a falta de bem. Logo, não pode existir independentemente de Deus. Portanto, esta alternativa está incorreta.
-
o surgimento do mal é anterior à existência de DeusEsta alternativa está incorreta e não reflete o pensamento de Agostinho. Ele argumentava que Deus é eterno, não pensa em uma existência antes de Deus. Para Agostinho, tudo foi criado por Deus e, portanto, nada existia antes Dele, inclusive o mal.
O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como:
-
mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência.Esta alternativa está incorreta. Aristóteles não considerava o trabalho braçal como um meio de aperfeiçoamento por meio da experiência. Para ele, esse tipo de trabalho era mais associado a atividades que eram de servidão, não como um caminho para o desenvolvimento intelectual ou moral. O aperfeiçoamento através da experiência costuma ser uma ideia mais associada às atividades que demandam intelecto e racionalidade.
-
indicador da imagem do homem no estado de natureza.Esta alternativa está incorreta. Embora Aristóteles reconheça que há diferenças naturais entre escravos e homens livres, ele não utiliza o trabalho braçal como um indicador da 'imagem do homem no estado de natureza'. Esta noção de estado de natureza é mais desenvolvida por filósofos posteriores, como Rousseau. Aristóteles, em vez disso, focaliza na natureza teleológica das coisas, ou seja, os propósitos que cumprem na sociedade, não num estado primitivo.
-
atividade que exige força física e uso limitado da racionalidade.Esta alternativa está correta. Na filosofia aristotélica, o trabalho braçal é descrito como uma atividade que exige mais força física e não tanto o uso da racionalidade. Ele vê a sociedade como naturalmente composta por diferentes tipos de pessoas destinadas a papéis diferentes, e aqueles que realizam trabalho braçal são geralmente considerados destinados a esta função por suas características físicas.
-
referencial que o homem deve seguir para viver uma vida ativa.Esta alternativa está incorreta. Aristóteles não sugere que o trabalho braçal seja um referencial para a vida ativa. Em sua ética, a vida ativa está mais relacionada à vida política e à participação cívica, que é papel do homem livre, dedicado a atividades que envolvem a razão. Portanto, o trabalho braçal não se alinha com seu modelo de uma vida virtuosa centrada na participação cidadã.
-
condição necessária para a realização da virtude humana.Esta alternativa está incorreta. Para Aristóteles, a virtude humana é realizada através da vida teorética (contemplativa) e prática (política), não através do trabalho braçal. O trabalho braçal é algo a que alguns são destinados por suas capacidades físicas, mas isto não é considerado caminho para a excelência moral ou virtude, que é mais uma função da razão do que da força.
A característica do Estado positivo que lhe permite garantir não só a ordem, como também o desejado progresso das nações, é ser
-
elemento unificador, organizando e reprimindo, se necessário, as ações dos membros da comunidade.Esta alternativa está correta. Para Comte, o Estado deve ser um elemento unificador, capaz de organizar a sociedade de modo científico para garantir a ordem e, assim, promover o progresso. Se necessário, o Estado pode reprimir ações que ameacem a estabilidade. A unificação e a organização são pilares para o progresso social, alinhados com o pensamento positivista.
-
agente repressor, tendo um papel importante a cada revolução, por impor pelo menos um curto período de ordem.Esta alternativa está incorreta porque refere-se ao Estado como um agente puramente repressor, que usa a força após revoluções para impor a ordem. Para Comte, o positivismo almeja um Estado que garante o progresso social através da ciência, não pela repressão contínua ou meramente após revoluções.
-
programa necessário, tal como a Revolução Francesa, devendo portanto se manter aberto a novas insurreições.Esta alternativa está incorreta. Ela sugere que o Estado deve ser similar à Revolução Francesa, estando aberto a novas insurreições. No entanto, Comte via o positivismo como uma maneira de evitar novas revoluções através da criação de uma ordem estável e organizada, baseada no conhecimento científico, e não de promover ou abrir espaço a revoltas.
-
produto científico da física social, transcendendo e transformando as exigências da realidade.Esta alternativa está incorreta. Um "produto científico da física social" poderia, à primeira vista, estar alinhado com o positivismo de Comte pois ele desejava aplicar métodos científicos ao estudo da sociedade. No entanto, ela falha em captar o aspecto de organização e controle que Comte acreditava necessário para manter a ordem, condição fundamental para o progresso.
-
espaço coletivo, onde as carências e desejos da população se realizam por meio das leis.Esta opção está incorreta porque descreve o Estado como um espaço onde as leis satisfazem desejos e carências, mas não enfatiza a sua função científica e de manutenção da ordem como meio de garantir o progresso. O positivismo de Comte acredita no papel do Estado como disciplinador e organizador segundo princípios científicos, não apenas um satisfatório das necessidades.
A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais importantes na ruptura da filosofia do século XVII com os padrões da reflexão medieval, por:
-
estabelecer um princípio indubitável para o conhecimento.A afirmação "eu sou, eu existo" vem do raciocínio de Descartes que busca encontrar uma base sólida para o conhecimento, algo que seja absolutamente indubitável. Essa certeza é alcançada porque, ao tentar duvidar de tudo, ele percebe que a própria dúvida já confirma a existência do eu que pensa ou duvida. Assim, ele estabelece um princípio fundamental sobre o qual pode basear todo o conhecimento. Logo, essa alternativa é correta.
-
questionar a relação entre a filosofia e o tema da existência de Deus.A posição de Descartes quanto à existência de Deus é um passo posterior em suas meditações. Ele primeiro estabelece sua própria existência e, somente depois, trata da questão da existência de Deus como parte do fundamento do conhecimento e do mundo. A proposição "eu sou, eu existo" não é diretamente sobre Deus, mas sobre a certeza da própria existência. Portanto, essa alternativa é incorreta.
-
utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica.Descartes não utiliza silogismos linguísticos como prova de sua existência; ele emprega uma introspecção direta ao afirmar sua certeza de existir toda vez que pensa. Silogismos são formas de argumentação dedutiva, diferente do caminho que ele desenvolve em suas meditações. Portanto, essa alternativa é incorreta.
-
estabelecer o ceticismo como opção legítima.Embora Descartes discuta o ceticismo ao longo de suas Meditações, seu objetivo não é estabelecer o ceticismo como opção legítima, mas superá-lo. Ele utiliza o ceticismo metodológico provisoriamente, para encontrar algo que não possa ser questionado (o "cogito"). Portanto, essa alternativa está incorreta.
-
inaugurar a posição teórica conhecida como empirismo.O empirismo é a teoria que considera a experiência sensorial como a fonte principal do conhecimento, o que é o oposto do racionalismo cartesiano. Descartes é conhecido por ser um dos fundadores do racionalismo, que valoriza a razão como base do conhecimento, em vez da experiência empírica. Logo, essa alternativa está incorreta.
A ideia de democracia presente no texto, baseada na concepção de Habermas acerca do discurso, defende que a verdade é um(a)
-
alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como agente racional autônomo.Esta afirmação está incorreta dentro do contexto da concepção de Habermas. A busca pela verdade, segundo ele, não é uma empreitada solitária à qual cada pessoa chega por conta própria. Em vez disso, é um objetivo comum que se atinge por meio da interação e argumentação coletiva racional, idealmente levando ao consenso entre os participantes no diálogo.
-
construção da atividade racional de comunicação entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.Esta alternativa está correta. De acordo com Habermas, em uma sociedade democrática, a verdade não é algo que está dado desde o início, mas sim um objetivo a ser alcançado através do diálogo. A ideia é que, através da comunicação e do debate entre indivíduos, se chegue a um consenso sobre o que é verdadeiro. Isso ocorre quando os indivíduos exercem a razão de forma colaborativa e respeitosa, ouvindo argumentos uns dos outros e se deixando convencer pelas melhores razões apresentadas.
-
produto da razão, que todo indivíduo traz latente desde o nascimento, mas que só se firma no processo latente educativo.A ideia aqui proposta não se alinha com a visão de Habermas. Embora a razão seja fundamental na teoria dele, a ideia de que a verdade já existiria dentro de cada indivíduo desde o nascimento não é fiel ao seu pensamento. Em vez disso, para Habermas, a razão e a verdade são coisas que se desenvolvem através das interações comunicativas ao longo da vida, não algo que já está pré-determinado.
-
resultado que se encontra mais desenvolvido nos espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer os outros.Esta alternativa está incorreta em relação ao pensamento de Habermas. A ideia de que a verdade está mais desenvolvida nos "espíritos elevados" não corresponde à sua teoria democrática, na qual todos os indivíduos, como iguais, participam da formação da verdade através do debate racional. Para Habermas, a verdade deve ser acessível a todos através do consenso, não monopolizada por alguns indivíduos supostamente mais elevados.
-
critério acima dos homens, de acordo com o qual podemos julgar quais opiniões são as melhores.Esta opção está incorreta do ponto de vista habermasiano. Habermas não concebe a verdade como um critério transcendental ou acima dos homens, mas sim como algo que emerge do processo de diálogo e comunicação. Por isso, a verdade não é um padrão externo pelo qual julgar, mas um resultado do próprio processo de interação racional entre as pessoas.
A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela:
-
eficácia prática da razão empírica.Essa está incorreta. A razão empírica em Kant não tem eficácia prática para fundamentar princípios morais. Kant defende a razão pura, que é usada independentemente da experiência, para fundamentar os princípios morais. A moral, para ele, deve ser baseada em princípios racionais a priori, que são universais e não derivados da experiência.
-
comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.Esta alternativa está incorreta. Embora Kant busque rigor e universalidade na ética, comparando-a a algo que se assemelha a uma ciência, ele não diz que a ética deveria se assemelhar especificamente a uma ciência de precisão matemático. A ética para Kant se fundamenta em princípios racionais, mas reconhece a peculiaridade e complexidade próprias da ação humana.
-
transvaloração dos valores judaico-cristãos.Esta alternativa está incorreta. A transvaloração dos valores é uma ideia ligada a Nietzsche, que propunha a reavaliação dos valores morais da tradição judaico-cristã. Kant, no trecho citado, está focado em como a razão pode fundamentar as práticas morais, e não em transformar ou reavaliar valores existentes. Portanto, esta proposta não se alinha à discussão kantiana no texto fornecido.
-
recusa em fundamentar a moral pela experiência.Esta é a alternativa correta. Kant argumenta que a moralidade não deve ter como base a experiência, mas sim princípios a priori, ou seja, que são definidos pela razão e existentes antes de qualquer experiência. Isso significa que, segundo ele, devemos entender a moral como uma questão de dever racional, independente das situações empíricas.
-
importância dos valores democráticos nas relações de amizade.Esta também está incorreta. A citação de Kant não menciona valores democráticos. Kant está discutindo fundamentos universais da ética que não estão diretamente relacionados a sistemas políticos ou sociais, como os valores democráticos. Ele está preocupado com a fundamentação da moral na razão e não nas normas sociais ou políticas atuais.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, evidencia o (a)
-
caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.Esta alternativa é incorreta. A narrativa da caverna não busca descrever as origens do homem primitivo ou um caráter antropológico. Em vez disso, Platão utiliza a caverna como uma metáfora para explicar sua teoria do conhecimento e a distinção entre o mundo sensível (das ilusões) e o mundo inteligível (das ideias).
-
teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.Esta alternativa está correta. A alegoria da caverna é uma explicação da teoria do conhecimento de Platão, em que ilustra a transição do mundo ilusório dos sentidos para o mundo das ideias, que é a verdadeira realidade. Platão quer mostrar como o processo de adquirir conhecimento é como sair da caverna e enxergar a luz do sol, que simboliza o entendimento das verdades eternas e imutáveis.
-
sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.Também está incorreta. Platão não está criticando o sistema penal ou o encarceramento de modo literal. A descrição dos prisioneiros na caverna é metafórica, ilustrando como as pessoas podem estar 'presas' em suas percepções limitadas do mundo, sem acesso à verdadeira realidade que Platão afirma ser o mundo das ideias.
-
sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.Esta alternativa está incorreta. A alegoria da caverna de Platão não aborda diretamente o sistema político elitista ou a democracia ateniense. Embora Platão tenha críticas à democracia, especialmente como está discutido em outros diálogos, a narrativa da caverna tem um foco mais epistemológico e metafísico, relacionado ao conhecimento e à percepção da realidade, e não aos sistemas políticos da Grécia antiga.
-
vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.Esta opção está incorreta. A narrativa da caverna por Platão não tem como propósito principal a descrição da vida cultural e artística dos gregos antigos. Embora a cultura e a arte sejam temas importantes na Grécia Antiga, a alegoria da caverna visa discutir questões epistemológicas e a busca do conhecimento verdadeiro, ao invés de práticas culturais específicas.
Conteúdo exclusivo para usuário
Esse conteúdo é exclusivo para usuários cadastrados. Crie uma conta ou faça login abaixo para ter acesso a ele.